domingo, 15 de setembro de 2013

O Movimento Responde

MOVIMENTO RESPONDE AOS LEITORES QUE COMENTARAM O NOSSO ARTIGO:
Os devaneios da ampla valorização do entorno.

Para não dizerem novamente que é matéria paga no jornal, tive a paciência de pesquisar e confirmar os valores do m2 praticados na região com corretores e Imobiliárias conhecidas da cidade [...]
 e
Desmerecendo seu comentário: JORNAL A CIDADE 19/01/2013
TÍTULO: Galpões disputam entorno do aeroporto de Ribeirão Preto

Marcelo Mario I. já notou que eles sempre se acham com a razão ?? Para eles todos estão em estado de devaneios, todos são mal informados e que essa procura maior pelos espaços no entorno é pura e simplesmente por causa somente da rodovia. Veja como são cínicos, falsos e hipócritas, quando dizem que querem um novo aeroporto; o que eles querem mesmo é preservar favelas e barracos existentes nos limites do sítio aeroportuário. Mentem discaradamente, quando dizem que a população é contra a internacionalização do Leite Lopes; contra ?? são só esses que moram no entorno, pelo que pude perceber a população quer sim o LL internacional. Felizmente o Governo de São Paulo está decidido em deslocar a pista e prover condições para que o aeroporto consiga dar seus primeiros passos rumo as operações nacionais e internacionais de carga.
Marcelo, a rodovia sempre esteve no mesmo lugar e nunca, como agora, a valorização nas proximidades do aeroporto foi tão grande, porque será ?

Marcelo
Olha Mario I. acho que a valorização nas proximidades do aeroporto hummm.... tá meio difícil de responder, mas acho que deve ser pelo Shopping Iguatemi, ou mesmo pela expansão do RibeirãoShopping, ou pelas obras de mobilidade urbana previstas pela Prefeitura (túneis, viadutos, corredores de ônibus etc), ou talvez pela construção do Viaduto Henry Nestlé, também pode ser pela FATEC, ou pelas obras anti enchentes na Jerônimo Gonçalves; olha tá muito difícil de saber, mas acho que não deve ser pela internacionalização do aeroporto não, segundo o Movimento o aeroporto não tem nada haver com isso e está até desvalorizando o que tem perto. Fala sério né ??!! Interessante saber que nesta mesma Via Anhanguera, logo mais ao norte, em Orlândia, não existe esta procura por áreas para galpões, no sentido inverso, logo alí em Cravinhos também não existe esta procura, por coincidência justamente onde existe o LL por perto está tendo esta procura, agora fiquei intrigado!! Quem será que deve estar em estado de devaneios ?? Os que querem o aeroporto internacional (RP e região, em sua maioria absoluta), ou o Movimento que quer preservar todas as favelas e impedir que pessoas consigam condições melhores de vida, apenas porque eles não querem ser desapropriados ??

GALPÕES LOGÍSTICOS EM RIBEIRÃO PRETO:
atraídos pelo Leite Lopes ou pela Rodovia Anhanguera ?

O empenho de nossos leitores em criticar e comentar os  nossos artigos é muito saudável porque assim desenvolvemos temas importantes para serem discutidos. E as questões relativas ao aeroporto de Ribeirão Preto não podem ser impostas pelo Governo do Estado ou por grupos oligárquicos locais  mas sim amplamente debatidos com todos os interessados, ou seja, a comunidade ribeirão-pretana.

            
A reportagem citada por  Mario I (versão impressa do jornal A Cidade de 19/01/2013) está reproduzida na integra, no final deste artigo.

O que é interessante é que a reportagem confirma que o Leite Lopes não atrai nenhum projeto de armazéns logísticos, embora o texto tente nos induzir o contrário. Daí a contestação ao nosso artigo porque a reportagem foi lida sem consultar o mapa da cidade.

Não precisamos de muitos argumentos mas apenas o mapa da cidade. E também saber diferenciar custo de terreno e custo de construção e na reportagem existe uma pequena mistura entre eles, incluindo o custo de acabamento rústico (industrial) com acabamento residencial de área nobre.

Vamos analisar e pensar um pouco e para isso vamos nos basear num dos destaques da reportagem:


Esse destaque contem dois pontos importantes para analisar: “Num raio de 5 km” e “Em lugar de mato surgem paredes”.


No entorno da Anhanguera, nessa distância de 5 km, temos a Lagoinha do lado interno da Anhanguera e muitos vazios urbanos do outro lado. São exatamente esses vazios urbanos, na faixa de uso industrial, que estão sendo ocupados por esse tipo de empreendimento. E tanto assim é que se no lugar de mato surgem paredes significa que a reportagem se refere a terrenos vazios distantes 5 km do Leite Lopes.

O centro da cidade também dista 5 km do aeroporto, mesma distância da Lagoinha.

Certamente que o preço dos terrenos no centro da cidade não é função do aeroporto. E na zona oeste da cidade, na mesma distância do Leite Lopes mas no lado oposto à Anhanguera, também existem vários vazios urbanos mas estes não são procurados para a construção de galpões logísticos.

Se o Leite Lopes fosse um vetor de interesses imobiliários, teríamos construção de galpões logísticos também na zona oeste, com muitos vazios urbanos até em distâncias menores que 5 km do Leite Lopes.

O fato é que não existe essa procura de terrenos para a construção de galpões logísticos na zona oeste e essa demanda limita-se ao entorno da Anhanguera. Portanto,  pode-se considerar que  vetor não é o Leite Lopes mas sim a Anhanguera. É o óbvio!

Os galpões logísticos existem ao longo de todas as rodovias principais, principalmente nos entroncamentos rodoviários, como é o caso de Ribeirão Preto.

Insistir nessa relação Leite Lopes=investimentos imobiliários é forçar a barra, mas existe uma explicação: à época da reportagem existia, coincidentemente (?) uma polemica muito grande sobre a “demora da construção” do Terminal de Cargas no Leite Lopes.

Daí a ilação: o terminal de cargas precisa ser construído logo para que haja mais desenvolvimento. Isso caracteriza tentativa de manipulação da opinião pública.

Existe em Ribeirão Preto uma valorização imobiliária muito grande, em razão da facilitação de financiamentos, ocorrendo um paradoxo: falta crônica de habitações populares de baixa renda – vetor indutivo para ocupação de vazios urbanos (favelas) – e um grande numero de imóveis de padrão médio e alto vazios para locação (em torno de 6.000 imóveis) causado pela ampla oferta de imóveis novos com boas condições de pagamento.

O gráfico abaixo demonstra esse aquecimento no mercado imobiliário que, obviamente, não é induzido pelo Leite Lopes mas por conta dos novos lançamentos, conforme opinião do delegado regional do CRECI:



E para fechar o assunto,

 “Há quatro anos, houve um grande aumento nas vendas de imóveis, principalmente por conta dos lançamentos. E hoje ainda existe uma boa movimentação no mercado”, diz o delegado regional do Creci. (Imprensa ARISP - Assessoria de Imprensa - 12 setembro 2013).

Ficou claro que essa valorização mobiliária não depende do Leite Lopes mas sim da boa movimentação no mercado?


DA FALSA QUESTÃO CENTRAL DAS VANTAGENS DA AMPLIAÇÃO
DO  LEITE LOPES

Não entrando no mérito da internacionalização do Leite Lopes, o seu potencial de movimentação de cargas é muito pequeno frente ao volume de cargas transportado pela Anhanguera.

Mesmo que fosse possível operar com aeronaves cargueiras de grande porte, com carga plena, com voos diários, mesmo assim não seria uma movimentação significativa para o cenário de investimento em armazenagem logística na Anhanguera.  

Por isso o Terminal de Cargas projetado para o Leite Lopes tem área pequena, muito menor que os terminais logísticos de empresas distribuidoras locais, construídos muito antes de se pensar em ampliar o Leite Lopes.

Ou seja, a existência ou não de um terminal de cargas internacionais no Leite Lopes  em nada influencia o interesse em investimentos no setor de galpões logísticos. Em nada muda a economia regional e muito menos no item arrecadação tributária já que essas cargas, na sua maior parte, não são produzidas em Ribeirão Preto e os impostos são recolhidos no município de origem.

Mas o que fica claro é que no entorno imediato do Leite Lopes não existe nenhuma construção de galpões logísticos e nada que se refira ou dependa da sua internacionalização. Nem mesmo dentro do aeroporto, onde  nem mesmo um simples restaurante está disponível para os passageiros que já ultrapassou a casa do milhão/ano.

E a questão central  de nossa tese não está no desempenho econômico dos investimentos imobiliários em Ribeirão Preto mas sim na confirmação de que a ampliação e a internacionalização do Leite Lopes não está valorizando em nada os imóveis lá existentes mas sim desvalorizando-os.

Ou seja, uma das máximas da propaganda que chamamos de Papai Noel Leite Lopes para convencimento da população de que serão beneficiados é uma grande mentira, com o objetivo de facilitar um empreendimento que vai contra as necessidades de Ribeirão Preto, para implantação  de uma política pública ideológica do governo estadual e que beneficiará apenas uma empresa privada que provavelmente perderá a concessão no caso de se construir um novo aeroporto.

Não fica bem querer influenciar as pessoas a aprovarem a ampliação do Leite Lopes com esse tipo de argumento, sem consistência.

Não fica bem querer influenciar as pessoas a aprovarem a ampliação do Leite Lopes recorrendo a esse padrão de argumentação da falsa valorização  dos imóveis atingidos e muito menos taxar de, cínico, falso e hipócrita quem faz questão de ter uma Ribeirão Preto melhor que concilie desenvolvimento econômico com cidadania e qualidade de vida, ou seja, um desenvolvimento baseado no tripé onde o econômico, o social e o ambiental sejam harmoniosos entre si.

É evidente que os benefícios econômicos que tentam atribuir com exclusividade à ampliação do Leite Lopes e sua internacionalização também se aplicam a um aeroporto novo, com a vantagem adicional que ele seria construído em área rural, resultando disso a substituição de canaviais, que não trazem nenhuma vantagem para Ribeirão Preto, por atividades econômicas adequadas e as populações do entorno do Leite Lopes não sofreriam com a desvalorização de seus imóveis fruto da poupança de toda uma vida de trabalho e com os danos à qualidade de vida de quem mora no entorno do aeroporto.

Esse é o ponto central da discussão.


DESVIRTUAR A QUESTÃO FUNDIÁRIA “MISTURANDO” PROPRIETÁRIOS DE IMÓVEIS REGULARES COM FAVELADOS

Aproveitamos a oportunidade para fazermos um comentário extra sobre a seguinte afirmação feita por um de nossos internautas:

[...] o que eles querem mesmo é preservar favelas e barracos existentes nos limites do sítio aeroportuário. Mentem discaradamente, quando dizem que a população é contra a internacionalização do Leite Lopes; contra ?? são só esses que moram no entorno, [...]

Pelos vistos quem mora no entorno do Leite Lopes ou é favelado ou mora em barraco. Provavelmente todos devem ser “invasores”. Neste caso, Ribeirão Preto é o único lugar do mundo onde barraco e favelado, são imóveis com cadastro municipal, pagam IPTU, têm escritura e registro em Cartório de Imóveis e Habite-se.

Em anexo uma amostra  relação desses “favelados” que estão inseridos na zona 2 de ruídos, que é zona de exclusão de uso residencial, hospitalar, escolar, etc. (1 de 355 folhas) num total de cerca de 6600 imóveis que significa  mais de 24.000 cidadãos afetados para atender aos interesses de  uma empresa com meia dúzia de sócios e aos interesses político-ideológicos do governo do Estado que se recusa a construir um aeroporto novo em local adequado.


Talvez fosse interessante a quem acha que o entorno do Leite Lopes apoia a sua ampliação, que visitasse a região do entorno imediato e perguntasse aos seus moradores, que estão lá faz mais de 40 anos, se eles gostariam de ir embora, sem indenização, porque os seus imóveis residenciais estão na zona 2 de ruído que exclui esse uso e lá não poderão  permanecer nem serão desapropriados (portanto não serão indenizados), porque perdem o direito ao uso mas não ao do domínio.

Essa atitude seria muito útil porque até agora o Papai Noel Leite Lopes não informou esses moradores desse fato; só falou de uma tal valorização fantástica  que, pelos vistos,  só acontece a 5 km de distância.

O Grupo Gestor


3 comentários:

  1. Os artigos que foram anexados ao final contradizem todos argumentos feitos até aqui e só confirmam as afirmações do Mario I. e do Marcelo, eles desmentem tudo o que se falou, com fotos de galpões próximos ao aeroporto e com um gráfico indicando a valorização (com uma flecha de valores do m2) chegando a R$ 500,00; acho que só isso basta.

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  2. Olha esse blá blá blá de vcs já encheu o saco, prometi que não ia comentar mais nada, mas vejam o texto que publicaram, é nítido vcs dizerem que a valorização tem como um dos componentes a internacionalização do Leite Lopes. Vcs apenas inverteram os fatores, mas se analisarem bem, verão que é o aeroporto. Um ponto é certo, Ribeirão todinha de Norte a Sul, de Leste a Oeste e a Via Anhanguera de Cravinhos até Orlândia ok?? de tudo isso aí, somente na Via Ananguera, nas imediações do aeroporto (que está bem ao lado),é que está acontecendo essa procura de terrenos para galpões, somente quem não quer entender não irá associar a presença do aeroporto nesta combinação.

    Mas o importante mesmo é que o Governo de São Paulo está disposto a fazer a obra, e isso é mais do que suficiente.

    Quanto as pessoas proprietárias de imóveis no local, fiquei bem aliviado porque das 20 pessoas que vcs mostram, somente 5 tem área construída deixando claro que o restante são terrenos e seus proprietários não residem no local, facilitando a desapropriação, inclusive tem dois que são donos de mais de um terreno. Entendo que são pessoas que residem em outro lugar da cidade e não serão desalojados dos terrenos; por esta amostra dá prá ver que o drama social não é tão grande assim, a maioria são terrenos, também não serão 6600 imóveis desapropriados, se pensam assim, estão muito mal informados.

    Quanto a placa de sinalização que vcs dizem que é confissão de risco, não preciso dizer que tudo envolve risco de uma certa maneira, quando vc cruza uma linha férrea onde encontra: pare, olhe, escute, isso é para alertar que existe um risco caso não se observe a placa; vcs atravessam a Francisco Junqueira sem olhar para os lados?? claro que não, porque envolve um risco de atropelamento, ou seja, tudo tem um risco e aquela placa diz prá ninguém ficar de bobeira alí porque tem um risco. Seria irresponsabilidade do administrador, caso não colocasse a placa avisando.

    Parem com esse blá blá blá, já deu prá bola. Eu não consigo ler estas respostas fabricadas dando a entender que vcs são politicamente corretos e os a favor são incorretos. blá blá blá blá blá blá.

    Mais uma coisa: para o gerente de cidades Carlos Donizete dos Santos, pelo seu comentário dá prá ver que vc é muito fraquinho, se intere um pouco mais do assunto prá poder comentar algo de que não conhece. Barulho, até aquela moto com escapamento aberto que passa em frente a sua casa faz. Estude melhor o assunto ok.

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  3. O projeto de ampliação do aeroporto Leite Lopes com o desfavelamento e desapropriações previstas não irão remover os cerca de 6700 proprietários e nem as favelas (com cerca de 2000 famílias) situadas na zona 2 de ruídos.
    Que ganho social é este alardeado pelo Papai Noel Leite Lopes que dividiu e removeu favelas ao meio, cortando laços e raízes de comunidades, como a Favela da João Pessoa?
    Concordo com a linha editorial do Movimento Pró Novo Aeroporto em debater a temática do aeroporto sob o conceito de desenvolvimento alicerçado no tripé Econômico, Social e Ambiental.
    Discutir o Leite Lopes sob o prisma do Deus Negócio, ou seja, somente no aspecto econômico simplista sem consulta ou ignorando a realidade da sua comunidade do entorno é achar que pimenta nos olhos dos outros é refresco.

    Marcos

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