sexta-feira, 20 de abril de 2012

zangam-se as comadres descobrem-se as verdades - parte 2



No último episódio desta série, ficou bem claro que a pretensa ampliação do Leite Lopes não tem nada, mas absolutamente nada, a ver com a necessidade de Ribeirão Preto em dispor de uma infraestrutura aeroportuária digna e adequada para suportar o desenvolvimento regional, mas sim como campanha eleitoreira. Apenas um marketing político de quem não tem política pública nenhuma a apresentar.

A necessidade de ratear os custos dessa ampliação, só para mostrar serviço, levou o governo do Estado a definir o quanto do nosso rico dinheirinho a prefeitura municipal deveria contribuir, não fazendo o serviço, mas pagando ao DAESP para ser feito. E com a vantagem de ser em prestações: 10,8 milhões em 2013 e 10,4 milhões em 2014. Total do pretendido desperdício de dinheiro público: 21,2 milhões de Reais!

A prefeitura, reagiu, afirmando que não era sua função ir além do sistema viário do entorno, ou seja, o desvio da Av. Thomaz Albert Whately. Depois, para não perder o embalo eleitoreiro, descobriu nova fórmula: ela mesma vai orçar e executar e chegou à seguinte conclusão, logo amplamente divulgada pela imprensa no dia 16/04/2012: pode fazer esse serviço pela módica quantia de 11,9 milhões de Reais. Fenomenal. Uma economia de quase 9 milhões de Reais! Quanta eficiência administrativa!

O que passou despercebido, no auge dos devaneios poéticos dos defensores incansáveis da ampliação do Leite Lopes, os SLLQC, foram os fatos objetivos:

Será que o DAESP não sabe fazer orçamentos de sistemas viários, se faz parte de uma Secretaria Estadual  cuja principal função é trabalhar nessa área?

Será que o DAESP está promovendo o superfaturamento de suas obras?

Talvez seja uma informação útil a ser fornecida ao Tribunal de Contas.

Mas existe uma segunda alternativa: a execução das obras seriam feitas segundo critérios outros nos quais a qualidade dos serviços não seja o mais importante mas apenas o preço. O que nos reporta para a noticia publicada no Jornal A Cidade de 19/04/2012, relativamente a um comentário do vereador presidente da CPI do asfalto:




“Repito para que ouçam minha voz: R$ 30 milhões jogados no lixo por esse asfalto “porco” e inadequado. Alguém tem que pagar”

Para tirar as dúvidas, o Movimento Pro Novo Aeroporto e o Movimento Pro Moradia e Cidadania deram entrada com um pedido de esclarecimentos técnicos à prefeitura, solicitando, entre outras informações, a planilha de custos. Se ela não fornecer estaremos na presença de crime de responsabilidade. E isso é muito grave.

No entanto, outro tema também passou despercebido pela imprensa ao noticiar os devaneios eleitoreiros da prefeitura:

Como podem ser feitas obras sobre a adequação do sistema viário por causa da ampliação do Leite Lopes, se a obra ainda não foi licenciada e nem mesmo tem um estudo técnico mas apenas palavrório eleitoreiro? 

Já estão convidando para comer o  galeto que vai nascer do ovo que a galinha, que ainda não nasceu, irá botar?

Precisamos de maior consistência nas noticias que são divulgadas. Nem precisamos de ser técnicos para avaliar essas incongruências. O simples bom senso basta. 

Mas se o problema do aeroporto para Ribeirão está na mão de políticos sem política pública, vamos reverter isso em Outubro.


Em 2012 não vote em político de 3ª Linha. Vote em estadista!

E, como

Povo esclarecido jamais será iludido


A alternativa cidadã para Ribeirão Preto é


Congonhas em Ribeirão Não!
O Leite Lopes fica como está. Novo aeroporto já!



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