No último
episódio desta série, ficou bem claro que a pretensa ampliação do Leite Lopes
não tem nada, mas absolutamente nada, a ver com a necessidade de Ribeirão Preto
em dispor de uma infraestrutura aeroportuária digna e adequada para suportar o
desenvolvimento regional, mas sim como campanha eleitoreira. Apenas um
marketing político de quem não tem política pública nenhuma a apresentar.
A
necessidade de ratear os custos dessa ampliação, só para mostrar serviço, levou
o governo do Estado a definir o quanto do nosso rico dinheirinho a prefeitura
municipal deveria contribuir, não fazendo o serviço, mas pagando ao DAESP para
ser feito. E com a vantagem de ser em prestações: 10,8 milhões em 2013 e 10,4
milhões em 2014. Total do pretendido desperdício de dinheiro público: 21,2
milhões de Reais!
A
prefeitura, reagiu, afirmando que não era sua função ir além do sistema viário
do entorno, ou seja, o desvio da Av. Thomaz Albert Whately. Depois, para não
perder o embalo eleitoreiro, descobriu nova fórmula: ela mesma vai orçar e
executar e chegou à seguinte conclusão, logo amplamente divulgada pela imprensa
no dia 16/04/2012: pode fazer esse serviço pela módica quantia de 11,9 milhões
de Reais. Fenomenal. Uma economia de quase 9 milhões de Reais! Quanta
eficiência administrativa!
O que
passou despercebido, no auge dos devaneios poéticos dos defensores incansáveis
da ampliação do Leite Lopes, os SLLQC, foram os fatos objetivos:
Será que o DAESP não sabe fazer
orçamentos de sistemas viários, se faz parte de uma Secretaria Estadual cuja principal função é trabalhar nessa área?
Será que o DAESP está promovendo o
superfaturamento de suas obras?
Talvez seja uma informação útil a
ser fornecida ao Tribunal de Contas.
Mas existe
uma segunda alternativa: a execução das obras seriam feitas segundo critérios
outros nos quais a qualidade dos serviços não seja o mais importante mas apenas
o preço. O que nos reporta para a noticia publicada no Jornal A Cidade de
19/04/2012, relativamente a um comentário do vereador presidente da CPI do
asfalto:
“Repito para que ouçam minha voz: R$ 30 milhões jogados
no lixo por esse asfalto “porco” e inadequado. Alguém tem que pagar”
Para tirar
as dúvidas, o Movimento Pro Novo Aeroporto e o Movimento Pro Moradia e
Cidadania deram entrada com um pedido de
esclarecimentos técnicos à prefeitura, solicitando, entre outras informações, a
planilha de custos. Se ela não fornecer estaremos na presença de crime de
responsabilidade. E isso é muito grave.
No entanto,
outro tema também passou despercebido pela imprensa ao noticiar os devaneios
eleitoreiros da prefeitura:
Como podem ser feitas obras sobre a
adequação do sistema viário por causa da ampliação do Leite Lopes, se a obra
ainda não foi licenciada e nem mesmo tem um estudo técnico mas apenas
palavrório eleitoreiro?
Já estão
convidando para comer o galeto que vai
nascer do ovo que a galinha, que ainda não nasceu, irá botar?
Precisamos
de maior consistência nas noticias que são divulgadas. Nem precisamos de ser
técnicos para avaliar essas incongruências. O simples bom senso basta.
Mas se o
problema do aeroporto para Ribeirão está na mão de políticos sem política pública,
vamos reverter isso em Outubro.
Em 2012 não vote em político de 3ª Linha. Vote em
estadista!
E,
como
Povo esclarecido jamais será iludido
A
alternativa cidadã para Ribeirão Preto é
Congonhas em Ribeirão Não!
O Leite Lopes fica como está. Novo aeroporto já!
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