Vizinhos reclamam da ampliação do aeroporto Leite
Lopes
Temos
assistido ao longo de todos estes anos o apoio incondicional que a imprensa dedicou
ao puxadinho Leite Lopes como sendo a única alternativa possível e escondendo da
população a existência de oposição a esse ato insano, inclusive criando a
ilusão de que se trata da internacionalização do aeroporto, com vôos para todo
o resto do mundo, quando na verdade trata-se apenas da implantação, com o nosso
dinheirinho, de um grande negócio de cargas internacionais, que não trará
nenhum beneficio econômico para Ribeirão Preto e região. Nem mesmo um aumento
significativo de empregos e muito menos empregos de qualidade, que a cidade
precisa.
Contra
o poder da mídia, sem nenhuma duvida muito poderosa, manipulando a opinião
pública e promovendo uma campanha de
convencimento à população do entorno, todo o poder econômico e de marketing político que está por trás dessa ideia
do puxadinho, impede que se escutem as pessoas, impede o mais elementar ato
democrático que consiste na discussão dos problemas alicerçada no contraditório.
Torna-se,
portanto, um ato ditatorial contra o qual as comunidades atingidas, dentro da
qual, aqueles que não se deixaram ser
manipulados,
não têm nenhuma condição de reagir a não
ser por meios mais artesanais, mas igualmente eficientes, como a simples
pintura de um muro.
Um
muro que representa um grito que expressa o clamor de toda uma comunidade
contra um ato insano: a ampliação do Leite Lopes, em lugar de se construir o
aeroporto que Ribeirão Preto merece e precisa.
Esse
clamor não é um ato utópico de quem tem medo de fantasmas. Várias vezes a
região tem sido atingida por pedaços de uma aviação privada e comercial com má
conservação para economizar uns trocados. Outro dia, foi o farol de aproximação
que caiu no Cemitério Bom Pastor, quase atingido um casal de idosos, conforme
amplamente divulgado pela mídia.
Por
isso, mente quem afirma que a comunidade não corre risco aeronáutico com a
ampliação do Leite Lopes que já deveria ter sido relocado em 1995 quando a
sociedade civil, o poder executivo e o poder legislativo, todos unidos e de
forma unânime, assim o exigiram quando se discutiu, elaborou e se aprovou a Lei do Plano Diretor.
Tudo
o que já foi gasto no Leite Lopes através de remendos, na tentativa de
transformar aquele estropício num aeroporto, mais o que eles querem gastar
agora só para fazer a ampliação-puxadinho, além da reconstrução da torre, mais
isto e mais aquilo, daria para construir um aeroporto novo, em local adequado e
em condições de servir de portal de entrada digno para a nossa região.
Também defendemos
que um novo uso alternativo para o Leite Lopes, ao invés do Puxadinho, evitaria
as desapropriações das comunidades do entorno que já têm suas raízes
estabelecidas, face à nova configuração do zoneamento de ruídos que o Leite
Lopes teria que ter.
Por
isso o jornal A CIDADE está de parabéns
por ter noticiado, no dia 31/03/2012, duas coisas importantíssimas: que existe
um movimento contra a ampliação do Leite Lopes e que luta pela construção de
um novo aeroporto e o medo, legitimo e comprovado pelos fatos, que a comunidade do entorno ao Leite Lopes tem
pelas operações desse aeroporto.
Vizinhos reclamam da ampliação do aeroporto Leite Lopes
Jornal A
Cidade Sexta, 30 de Março de 2012 - 22h57
Família
pinta muro para alertar autorizadas sobre preocupação com tamanho da pista e
segurança na área
Wesley Alcântara
Moradores do Jardim Aeroporto, zona Norte de Ribeirão Preto, fizeram um
manifesto diferente contra a ampliação do aeroporto Leite Lopes. Eles pintaram
muros reclamando da infraestrutura do aeroporto e também da segurança dos
moradores da área.
O protesto ganhou adesão de outros moradores do bairro e até o apoio do
Movimento Pró Novo Aeroporto de Ribeirão e Região.
No muro constam as frases "Congonhas em Ribeirão Não!" e
"Ampliar com pista curta é maior o risco de acidentes".
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