segunda-feira, 2 de abril de 2012

Saiu na imprensa



Vizinhos reclamam da ampliação do aeroporto Leite Lopes

Temos assistido ao longo de todos estes anos o apoio incondicional que a imprensa dedicou ao puxadinho Leite Lopes como sendo a única alternativa possível e escondendo da população a existência de oposição a esse ato insano, inclusive criando a ilusão de que se trata da internacionalização do aeroporto, com vôos para todo o resto do mundo, quando na verdade trata-se apenas da implantação, com o nosso dinheirinho, de um grande negócio de cargas internacionais, que não trará nenhum beneficio econômico para Ribeirão Preto e região. Nem mesmo um aumento significativo de empregos e muito menos empregos de qualidade, que a cidade precisa.

Contra o poder da mídia, sem nenhuma duvida muito poderosa, manipulando a opinião pública e promovendo uma campanha de convencimento à população do entorno, todo o poder econômico e de marketing político que está por trás dessa ideia do puxadinho, impede que se escutem as pessoas, impede o mais elementar ato democrático que consiste na discussão dos problemas  alicerçada no contraditório.

Torna-se, portanto, um ato ditatorial contra o qual as comunidades atingidas, dentro da qual,  aqueles que não se deixaram ser manipulados,  não têm nenhuma condição de reagir a não ser por meios mais artesanais, mas igualmente eficientes, como a simples pintura de um muro.

Um muro que representa um grito que expressa o clamor de toda uma comunidade contra um ato insano: a ampliação do Leite Lopes, em lugar de se construir o aeroporto que Ribeirão Preto merece e precisa.

Esse clamor não é um ato utópico de quem tem medo de fantasmas. Várias vezes a região tem sido atingida por pedaços de uma aviação privada e comercial com má conservação para economizar uns trocados. Outro dia, foi o farol de aproximação que caiu no Cemitério Bom Pastor, quase atingido um casal de idosos, conforme amplamente divulgado pela mídia.

Por isso, mente quem afirma que a comunidade não corre risco aeronáutico com a ampliação do Leite Lopes que já deveria ter sido relocado em 1995 quando a sociedade civil, o poder executivo e o poder legislativo, todos unidos e de forma unânime, assim o exigiram quando se discutiu, elaborou e se aprovou  a Lei do Plano Diretor.

Tudo o que já foi gasto no Leite Lopes através de remendos, na tentativa de transformar aquele estropício num aeroporto, mais o que eles querem gastar agora só para fazer a ampliação-puxadinho, além da reconstrução da torre, mais isto e mais aquilo, daria para construir um aeroporto novo, em local adequado e em condições de servir de portal de entrada digno para a nossa região.

Também defendemos que um novo uso alternativo para o Leite Lopes, ao invés do Puxadinho, evitaria as desapropriações das comunidades do entorno que já têm suas raízes estabelecidas, face à nova configuração do zoneamento de ruídos que o Leite Lopes teria que ter.  

Por isso o jornal A CIDADE  está de parabéns por ter noticiado, no dia 31/03/2012, duas coisas importantíssimas: que existe um movimento contra a ampliação do Leite Lopes e que luta pela construção de um novo aeroporto e o medo, legitimo e comprovado pelos fatos,  que a comunidade do entorno ao Leite Lopes tem pelas operações desse aeroporto.

Vizinhos reclamam da ampliação do aeroporto Leite Lopes

Jornal  A Cidade Sexta, 30 de Março de 2012 - 22h57
Editorias \ Cidades

Família pinta muro para alertar autorizadas sobre preocupação com tamanho da pista e segurança na área

Wesley Alcântara


Moradores do Jardim Aeroporto, zona Norte de Ribeirão Preto, fizeram um manifesto diferente contra a ampliação do aeroporto Leite Lopes. Eles pintaram muros reclamando da infraestrutura do aeroporto e também da segurança dos moradores da área.
O protesto ganhou adesão de outros moradores do bairro e até o apoio do Movimento Pró Novo Aeroporto de Ribeirão e Região.
No muro constam as frases "Congonhas em Ribeirão Não!" e "Ampliar com pista curta é maior o risco de acidentes".


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