O
oba-oba em Brasília às nossas custas
Uma
turminha, garbosamente já chamada em outras ocasiões de “força tarefa”, foi jantar em Brasília (às
nossas custas) e aproveitou para saber como andam as obras de ampliação do
Leite Lopes e que desde 2010 são anunciadas que serão iniciadas em breve.
Precisavam
mostrar serviço porque senão correm o risco de serem terceirizados. E foram
conduzidos pelos feitores de algumas entidades empresariais exclusivamente interessadas
na ampliação do Leite Lopes e não em um aeroporto novo e decente para Ribeirão
Preto e região.
O Movimento
Panelaço de Ribeirão Preto até divulgou a foto da turminha no Facebook,
perguntando o porquê de tanta gente, com tanto vereador, se apenas um seria
suficiente:
Até é
interessante saber o resultado dessa visita. Trouxeram apenas banalidades e
nenhuma informação útil. Ou melhor, duas declarações bastante interessantes:
A primeira
consiste no desmascaramento das reais intenções da tal internacionalização do
Leite Lopes que na verdade consiste na ampliação da pista de 1700 metros
homologada hoje, para 2.600 metros, contrariando as normas definidas em
sentença judicial (que limita a pista a 2100 metros) e colocando em risco a
cidade. Não existe nenhuma intenção de apenas deslocar a pista. Já é confessa a
intenção de ampliação.
Conforme G1 Ribeirão e Franca em 23/03/2015 08h00 - Atualizado
em 23/03/2015 08h00
O projeto envolve
a ampliação da pista de 1,7 mil para 2,6 mil metros;
Projeto prevê ampliação da pista do
Aeroporto para operação de aeronaves de grande porte
(Foto: Reprodução EPTV)
(Foto: Reprodução EPTV)
A outra declaração
é que não existe mais nenhum empecilho a essa ampliação, segundo a fala de um dos pretensos futuros candidatos a
prefeito em 2016.
Se ainda
existe a necessidade de acertar alguns pontos no anteprojeto, isso significa
que não tem nenhuma licença porque ela somente será concedida com o anteprojeto
aprovado. Ou seja, existe um empecilho técnico sim.
Por outro
lado temos em curso uma ação no judiciário onde o projeto de deslocamento de
pista está sendo contestado por se
tratar na verdade de uma ampliação e ela
não ser permitida por questões de segurança das populações do entorno ao
aeroporto Leite Lopes. Ou seja, também existe um empecilho jurídico.
Para certos
setores de nossa sociedade plutocrática dos verdes canaviais esse risco não
importa porque as comunidades do entorno são apenas de trabalhadores pobres e para
eles pobre é apenas um detalhe insignificante e que imaginam ainda serem
facilmente manipuláveis com
a papagaiada do papai Noel Leite Lopes da internacionalização.
A negligência com as condições atuais de insegurança de
vôo
No entanto,
e não dependendo de nenhuma ampliação, existe uma obrigação de fazer por parte
do Governo do Estado para garantir a segurança de vôo nas condições atuais de
operação e que consiste no deslocamento da cerca do aeroporto no sentido da av.
Americana, relocando-a.
É uma obra
simples, necessária e urgente mas o objetivo do Governo do Estado parece não estar
na segurança ao vôo e das comunidades do entorno mas apenas nos negócios que
advirão com o uso cargueiro da pista. Por isso fica esperando a união começar
as obras dela e não explica o porquê disso.
E a mídia
que tanta cobertura presta a esses discursos e à viagem desta turminha, não
cobra estas informações.
As
desapropriações necessárias para a relocação da avenida são de responsabilidade
do Estado e o remanejamento da avenida são da Prefeitura e isso não custa 25
milhões de Reais.
Não fizeram
a obrigação de casa e essa obrigação não tem nada a ver se o Leite Lopes é
internacional ou não, mas sim devido ao fato de que é um aeroporto regional que
vai receber verbas do Governo Federal para se adequar ao programa nacional de
modernização desse tipo de infraestrutura aeroviária.
Em
contrapartida, a área que seria destinada ao deslocamento da Rua Americana para
atender às normas de segurança de vôo do aeroporto, já estão ocupadas novamente
por favelas, única política de moradia popular desenvolvida com afinco pela administração municipal.
Proposta de trabalho “de fato” para os vereadores
Senhores
vereadores: seria de fato produtivo que em lugar de desempenharem esse tipo de
trabalho para atraírem os holofotes da mídia, se
interessassem mais pelo futuro de Ribeirão e, mesmo que não aceitem a
necessidade urgente de construção de um novo aeroporto, pelo menos obriguem a Administração
Municipal e pressionem a Estadual para fazerem as obras – de pequeno porte –
que garantam a segurança às atuais operações de pouso e decolagem.
Não esqueçam que foram de avião para
jantarem em Brasília.
A segurança é para os aviões que as
elites canavieiras usam.
Sejam pelo menos solidários com a
classe social que representam.
Para
encerrar e a bem da verdade, o projeto do Leite Lopes na parte referente ao
governo federal está na adequação das suas instalações às necessidades de um
aeroporto regional.
Por isso vai
ser feita uma ampliação a sério do Terminal de Passageiros e vai ser previsto o
uso de Ponte Móvel, condições mínimas para um aeroporto de verdade.
São itens a
muito tempo pleiteados por este Movimento e sempre negligenciados pelo governo
estadual e recebendo o desinteresse da imprensa local e das tais elites
plutocráticas dos verdes canaviais, apenas preocupadas com a tal
internacionalização do Leite Lopes.
PS: O Leite
Lopes já está homologado como internacional de cargas desde 2002. As obras do
governo federal não são para internacionalizar nada, mas fazem parte do plano nacional de
desenvolvimento de aeroportos regionais.
Em tempo,
gostaríamos de lembrar aos nossos ilustres edis que a sua representatividade é
apenas das forças provincianas da República
dos Verdes Canaviais de Ribeirão Preto.
As forças
vivas de verdade estão contra o Leite Lopes ampliado e querem um novo aeroporto
que possa atender às necessidades atuais e futuras da região de Ribeirão Preto.
Não
acreditam?
Vejam a
opinião de um cidadão publicada no jornal A Cidade
no dia 12/04/2015:
Por isso, a
nossa campanha continua
Congonhas em Ribeirão Não!
O Leite Lopes fica como está.
Novo aeroporto em nova área
já
Olá!
ResponderExcluirQuero entrar com um processo pedindo indenização pois com essa ampliação não estou conseguindo fazer a documentação da minha casa, pois o bairro se tornou área de risco, não consigo nem vender a casa.
Entro com a ação conta quem? a prefeitura?
Caso eu precise de alguma documentação, vcs disponibilizam?
Quero uma indenização no valor do terreno (que não consigo desmembrar) e no valor da casa ( que não consigo escriturar)por causa dessa zona de ruido 2.
Meu email ivan.job@live.com
Me formo eng .civil este ano.
Aguardo contato.