sexta-feira, 24 de abril de 2015

Os EVENTOS PUTZ, o PARQUE PERMANENTE DE EXPOSIÇÕES e o RIBEIRÃO RODEIO MUSIC


EVENTO PUTZ – aqui é empregado com o mesmo sentido no artigo de Arnaldo Jabor e que pode ser resumido na capacidade de meia dúzia de sem-noção serem explorados por empresários espertos que promovem eventos, com grave  perturbação do sossego das comunidades do entorno e  com o beneplácito do poder público.


Novamente o martírio dos pobres coitados dos moradores do entorno do Parque de exposições onde vai ocorrer mais um evento PUTZ que previa incluir o rodeio como esporte e em seguida um festival de música.        

O rodeio não vai acontecer mais a não ser que os organizadores levem essa aberração para fora da área urbana. Quem disse isso? A legislação em vigor, que o Ministério Público exigiu que fosse cumprida e o judiciário consolidou por liminar.

Temos uma ótima sugestão para onde levar o rodeio: para outro planeta.

Resta, no entanto, o que eles chamam de evento cultural, ou seja, o festival de música cuja zoeira decibélica  vai atordoar o sono de 2 finais de semana de dezenas de milhares de trabalhadores para que os fofinhos da classe média possam passar a noite toda pulando e esperneando iguais a cabritos, bem turbinados (sem turbinação ninguém agüenta ficar encabritado por todo esse tempo).

Mas se alguém quer participar de um evento desses, o que é que nós temos a ver com isso?

É o local que não é adequado. O som ultrapassa os limites biológicos de quem quer e precisa descansar depois de uma semana inteira de trabalho duro.

Que esses eventos sejam feitos em local longe da área urbana, que não perturbe as populações que são obrigadas a alugar os seus ouvidos para que o showbiz ganhe dinheiro e leve toda a grana embora, deixando apenas uns trocados, inclusive com a prefeitura, que cobra uma verdadeira merreca para alugar um espaço que foi planejado para ser um Centro de Exposições.

Mas esta  é a prefeitura que nós temos: mui amiga dos empresários e a cidade que se dane. Principalmente porque os prejudicados são os pobres trabalhadores pobres, que moram no entorno desse Parque de Exposições onde não acontece nenhuma exposição.

E, como a gente já sabe, para a prefeitura e os empresários do showbiz, pobre é um quase-gente, que não tem muitos direitos perante a fuçanguice pelo lucro.

Em 2014, em vistoria prévia feita pelo Ministério Público ao local,  constataram a seguinte situação de manutenção e também da civilidade dos frequentadores desses eventos:


Só mesmo sem-noção podem pagar os preços dos
 tais eventos culturais do PUTZ e conviver com todo 
este estado de manutenção de sanitários e do lixo
 por todo o lado.

Talvez estejam bem chapados ou  alienados para 
conviverem com isso e terem coragem de voltarem
 para o próximo.




Foto: Paulo Souza/ EPTV in G1 Ribeirão Franca 08/04/2014


Nessa inspeção onde o abandono e o mau uso ficaram patentes, um dos promotores avaliou, ressaltando o desvio de finalidade do parque, a realização de festas particulares com o agravante de que “este é um espaço público que não dá retorno algum para a comunidade”.

Essas festas particulares são aquelas em que toda a comunidade do entorno fica sem dormir por causa do ruído excessivo que dura a noite toda.

Como a frequência desses eventos  é de classe média e os atingidos são os pobres, é possível que possamos considerar esse abuso como sendo um conflito de classe.

Este problema tem solução? Depende apenas de nós, Ano que vem tem eleições. Não transforme a urna num vaso sanitário. Vote consciente!



justiça concede liminar que barra rodeio em Ribeirão
http://www.jornalacidade.com.br/noticias/cidades/NOT,2,2,1053682,Justica+concede+liminar+que+barra+rodeio+em+Ribeirao.aspx

22h46 | 17/04/2015
Jornal A Cidade / Matheus Scavazzini

A Justiça deferiu liminar impetrada pelo Ministério Público que impede a realização de rodeio no evento Ribeirão Rodeo Music, entre os dias 25 de abril e 3 de maio, no Parque Permanente de Exposições. Entre as atrações estão previstas as provas de montaria e outras modalidades com animais.
A ação dos promotores Antonio Alberto Machado e Ramon Lopes Neto, ambos do Ministério Público Estadual de Ribeirão Preto, é baseada em norma estadual que proíbe a realização de eventos de montaria, como rodeios, dentro do perímetro urbano.
“Recebemos uma representação da OAB questionando a realização do Ribeirão Rodeo Music por conta dessa legislação do nosso Estado”, explica Ramon.
O decreto estadual citado é o 40.400/95. De acordo com o artigo 23, é proibida a realização de eventos de montaria como rodeios em perímetro urbano.“Isso não impede a realização dos shows normalmente”, diz o promotor Ramon.
Ramon ainda explica que caso seja viável aos realizadores do evento mudarem o local para uma área rural, as montarias podem ser realizadas. Os organizadores afirmam que já entraram com recurso e aguardam decisão judicial. 

sábado, 18 de abril de 2015

FINALMENTE TEMOS NOTICIAS DO LEITE LOPES - Novamente o tradicional anúncio: as obras vão começar em breve

O oba-oba em Brasília às nossas custas

Uma turminha, garbosamente já chamada em outras ocasiões de “força tarefa”, foi jantar em Brasília (às nossas custas) e aproveitou para saber como andam as obras de ampliação do Leite Lopes e que desde 2010 são anunciadas que serão iniciadas  em breve.

Precisavam mostrar serviço porque senão correm o risco de serem terceirizados. E foram conduzidos pelos feitores de algumas entidades empresariais exclusivamente interessadas na ampliação do Leite Lopes e não em um aeroporto novo e decente para Ribeirão Preto e região.


O Movimento Panelaço de Ribeirão Preto até divulgou a foto da turminha no Facebook, perguntando o porquê de tanta gente, com tanto vereador, se apenas um seria suficiente:


Até é interessante saber o resultado dessa visita. Trouxeram apenas banalidades e nenhuma informação útil. Ou melhor, duas declarações bastante interessantes:

A primeira consiste no desmascaramento das reais intenções da tal internacionalização do Leite Lopes que na verdade consiste na ampliação da pista de 1700 metros homologada hoje, para 2.600 metros, contrariando as normas definidas em sentença judicial (que limita a pista a 2100 metros) e colocando em risco a cidade. Não existe nenhuma intenção de apenas deslocar a pista. Já é confessa a intenção de ampliação.

Conforme G1 Ribeirão e Franca  em 23/03/2015 08h00 - Atualizado em 23/03/2015 08h00
O projeto envolve a ampliação da pista de 1,7 mil para 2,6 mil metros;
         Projeto prevê ampliação da pista do Aeroporto para operação de aeronaves de grande porte
                                                  (Foto: Reprodução EPTV)

A outra declaração é que não existe mais nenhum empecilho a essa ampliação, segundo a  fala de um dos pretensos futuros candidatos a prefeito em 2016.

Se ainda existe a necessidade de acertar alguns pontos no anteprojeto, isso significa que não tem nenhuma licença porque ela somente será concedida com o anteprojeto aprovado. Ou seja, existe um empecilho técnico sim.

Por outro lado temos em curso uma ação no judiciário onde o projeto de deslocamento de pista está sendo  contestado por se tratar na verdade de uma ampliação  e ela não ser permitida por questões de segurança das populações do entorno ao aeroporto Leite Lopes. Ou seja, também existe um empecilho jurídico.

Para certos setores de nossa sociedade plutocrática dos verdes canaviais esse risco não importa porque as comunidades do entorno são apenas de trabalhadores pobres e para eles pobre é apenas um detalhe insignificante e que imaginam ainda serem facilmente manipuláveis com a papagaiada do papai Noel Leite Lopes da internacionalização.


A negligência com as condições atuais de insegurança de vôo

No entanto, e não dependendo de nenhuma ampliação, existe uma obrigação de fazer por parte do Governo do Estado para garantir a segurança de vôo nas condições atuais de operação e que consiste no deslocamento da cerca do aeroporto no sentido da av. Americana, relocando-a.

É uma obra simples, necessária e urgente mas o objetivo do Governo do Estado parece não estar na segurança ao vôo e das comunidades do entorno mas apenas nos negócios que advirão com o uso cargueiro da pista. Por isso fica esperando a união começar as obras dela e não explica o porquê disso.

E a mídia que tanta cobertura presta a esses discursos e à viagem desta turminha, não cobra estas informações.

As desapropriações necessárias para a relocação da avenida são de responsabilidade do Estado e o remanejamento da avenida são da Prefeitura e isso não custa 25 milhões de Reais.

Não fizeram a obrigação de casa e essa obrigação não tem nada a ver se o Leite Lopes é internacional ou não, mas sim devido ao fato de que é um aeroporto regional que vai receber verbas do Governo Federal para se adequar ao programa nacional de modernização desse tipo de infraestrutura aeroviária.

Em contrapartida, a área que seria destinada ao deslocamento da Rua Americana para atender às normas de segurança de vôo do aeroporto, já estão ocupadas novamente por favelas, única política de moradia popular desenvolvida  com afinco pela administração municipal.


Proposta de trabalho “de fato” para os vereadores

Senhores vereadores: seria de fato produtivo que em lugar de desempenharem esse tipo de trabalho  para atraírem os holofotes da mídia, se interessassem mais pelo futuro de Ribeirão e, mesmo que não aceitem a necessidade urgente de construção de um novo aeroporto, pelo menos obriguem a Administração Municipal e pressionem a Estadual para fazerem as obras – de pequeno porte – que garantam a segurança às atuais operações de pouso e decolagem.

Não esqueçam que foram de avião para jantarem em  Brasília.
A segurança é para os aviões que as elites canavieiras usam.
Sejam pelo menos solidários com a classe social que representam.

Para encerrar e a bem da verdade, o projeto do Leite Lopes na parte referente ao governo federal está na adequação das suas instalações às necessidades de um aeroporto regional.

Por isso vai ser feita uma ampliação a sério do Terminal de Passageiros e vai ser previsto o uso de Ponte Móvel, condições mínimas para um aeroporto de verdade.

São itens a muito tempo pleiteados por este Movimento e sempre negligenciados pelo governo estadual e recebendo o desinteresse da imprensa local e das tais elites plutocráticas dos verdes canaviais, apenas preocupadas com a tal internacionalização do Leite Lopes.

PS: O Leite Lopes já está homologado como internacional de cargas desde 2002. As obras do governo federal não são para internacionalizar nada,  mas fazem parte do plano nacional de desenvolvimento de aeroportos regionais.

Em tempo, gostaríamos de lembrar aos nossos ilustres edis que a sua representatividade é apenas  das forças provincianas da República dos Verdes Canaviais de Ribeirão Preto.  

As forças vivas de verdade estão contra o Leite Lopes ampliado e querem um novo aeroporto que possa atender às necessidades atuais e futuras da região de Ribeirão Preto.

Não acreditam?


Vejam a opinião de um cidadão publicada no jornal A Cidade
no dia 12/04/2015:






Por isso, a nossa campanha continua



Congonhas em Ribeirão Não!

O Leite Lopes fica como está.


Novo aeroporto em nova área