SLLQC É o grupo de pessoas e de entidades que, há
mais de 15 anos, insistem em não deixar construir um aeroporto novo para
Ribeirão Preto porque demoraria 10 anos para ser construído e que, por
isso, entendem que Só o Leite Lopes a
Qualquer Custo lhes serve.
No
projeto de ampliação do Leite Lopes (que os SLLQC, para não parecerem que
querem descumprir uma sentença judicial, ironicamente chamam de deslocamento de
pista), a Av. Thomaz Albert Whatelly seria relocada, gerando todo um
remanejamento viário no cruzamento da Av. Recife, caracterizando uma verdadeira
asneira urbanística.
Essa
aberração urbanística colocaria toda a circulação de pedestres, ciclistas e
veículos em grave risco de segurança não apenas sujeitando-os aos empuxos das
turbinas na operação de decolagem dos aviões na cabeceira mas também aos gases
da combustão e gradientes térmicos.
Em
um determinado trecho da pista de taxiamento, caso o avião derrapasse por
qualquer motivo (chuva, por exemplo) a ponta da asa poderia atingir a calçada.
Era
um projeto que merecia apenas o epíteto de bobagem urbanística e de engenharia
mas que foi corajosamente apresentado ao órgão licenciador para análise e
aprovação de um tal Relatório de Regularização Ambiental.
É
claro que o Movimento Pro Novo Aeroporto logo denunciou essa aberração e a
parvoíce ficou patente e resolveram mudar o projeto.
Antes
de fazer essa reestruturação viária, pensaram na utilização de um tal viaduto
aeroportuário, esquecendo-se que esse tipo de estrutura não pode ser utilizado
para pista operacional mas apenas para taxiamento.
Novamente
o Movimento Pro Novo Aeroporto deu-se ao luxo de demonstrar essa aberração em
termos de engenharia aeroportuária e, felizmente, essa ideia foi arquivada e
esquecida.
Mais
uma joia da tecnologia SLLQC foi para o cesto do lixo.
O
tal túnel: gerador de insegurança e verdadeiro piscinão
Alguém,
certamente muito viajado, descobriu que na França, sob uma das pistas do aeroporto Charles De Gaulle passava
uma rodovia, através de um túnel. Ideia
simplesmente genial que até o governador do estado a citou pomposamente em uma
de suas aparições por estas bandas da republica dos canaviais.
Pronto:
mesmo sem mudar o Relatório de Regularização Ambiental começam a fazer o tal
projeto que, “de tão bom” , até hoje
ninguém viu nem consta no plano viário do entorno do Leite Lopes e nem mesmo
foi apresentado em audiência pública.
Como
sempre, quando o intere$$e do capital canta
mais alto, a legislação costuma ser esquecida: não fizeram nem mesmo um simples
Estudo de Impacto de Vizinhança para ser discutido pelos outros interessados,
ou seja, a população de Ribeirão Preto e em especial os moradores do entorno do
Leite Lopes que usam a avenida Thomaz Albert Whatelly nos seus deslocamentos
diários.
Mas
quem se importa com isso? Afinal de contas para os SLLQC esses moradores são
apenas trabalhadores e pobres.
Mas
também sabem de outro risco: o que esse plano genial não seja aprovado por
ninguém!
Esqueceram-se
que o tal túnel francês existe numa rodovia, sem rebaixamento de via e no Leite Lopes seria dentro de uma área
urbana e o seu comprimento seria em
torno de 600 metros (6 quarteirões) e a avenida Antonio Albert Whatelly teria
que ser rebaixada e muito para permitir a execução desse túnel.
Dessa
forma criar-se-ia um perigo à segurança de pedestres[i],
ciclistas e outros usuários além de ser uma verdadeira cisterna em dia de chuva
e as bombas de recalque não funcionem. Sim, porque normalmente elas não
funcionam ou não funcionam direito.
Tuneis urbanos com
rebaixamento da via não são bons exemplos de engenharia
Os
túneis rodoviários já construídos, mesmo os de pequena extensão, quando
rebaixados em relação à via costumam ficar inundados sempre que chove um
pouquinho mais:
Todo
o ano[ii],
no túnel do Anhangabaú, em S. Paulo, ocorre esse evento. Em muitas outras
cidades também.
Mas
já que os experts insistem em fazer esse túnel, segue uma sugestão de estrutura
para secagem dos pedestres, bicicleteiros, motoqueiros e motociclistas após
resgate do piscinão Leite Lopes:
Vamos lá, teimosinhos
SLLQC, um pouco de bom senso nesta terra administrada por uma “elite” provinciana
e canavieira é preciso!
Vamos
construir um aeroporto novo, pelo mesmo custo do puxadinho Leite Lopes com um
projeto aeroportuário de verdade, projetado por quem realmente entende do
assunto, em conjunto com a prefeitura para adequação do Uso do Solo.
E, para
atender a interesses outros que não os de Ribeirão Preto, o Governo do Estado
pode decretar que os convênios firmados para o Leite Lopes continuem valendo
para o novo aeroporto.
Sabem
porquê? Porque
Congonhas em Ribeirão Não!
O Leite Lopes fica como está.
Novo aeroporto em nova área
já
[i] Quem se candidata a super herói para transitar a pé ou
de bicicleta num túnel de 600 metros à noite, voltando do serviço ou de
madrugada indo para o serviço?
[ii] O último foi no dia 08/01/2015