terça-feira, 30 de maio de 2017

Moradores da região do Leite Lopes pedem que Câmara volte a discutir ampliação

Movimento acredita que relatório elaborado por CEE da Casa em 2016 não respondeu ao questionamento dos moradores

Moradores da região do Aeroporto Leite Lopes, na Zona Norte de Ribeirão Preto, querem que a Câmara Municipal reabra a Comissão Especial de estudos (CEE) para avaliação do Uso do Solo do Entorno da região em que o aeroporto está instalado. Eles alegam que a não reeleição do presidente da comissão para a Câmara deixou o relatório elaborado inerte.
De acordo com o Movimento Pró Novo Aeroporto, que acompanhou a CEE na legislatura passada, então presidida por Beto Cangussú, ela foi terminada com ressalvas, em razão da não continuidade das discussões sobre a situação na Casa.
“Essas ressalvas consistiram na falta de oportunidade de alguns temas serem abordados e outros não foram respondidos pelas autoridades competentes por falta de tempo útil”, afirma o presidente da associação dos moradores do bairro, Marcos Sérgio.
Ele alega que áreas verdes na região do aeroporto não foram consideradas no laudo da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) que emitiu a licença ambiental para o empreendimento, o que foi contestado pelo Ministério Público no ano passado.
Além disso, eles reclamam que um prédio no qual funcionava uma base da Polícia Militar está abandonado e está depredado e ainda reclamam da insegurança na região, causada pela falta de iluminação pública na Avenida Thomaz Alberto Whatelly, no trecho em frente ao aeroporto. O movimento aponta riscos de atropelamentos na região, já que em alguns trechos da pista não contam com calçadas e guias.
Foto: Arquivo Revide/Ibraim Leão





























































































































































































































































































































































quarta-feira, 17 de maio de 2017

A NOVA VELHA FALSA PROMESSA DE NOVO

Mais uma vez a imprensa de Ribeirão Preto confirma a quem serve. O deputado Baleia Rossi para mostrar que é muito pro-ativo faz publicar a noticia de que, através do Secretário Geral da Presidência – Moreira Franco – vai conseguir liberar 80 milhões de Reais para viabilizar as obras de internacionalização do Leite Lopes.


A imprensa simplesmente publica sem nenhuma discussão ou mostrar outros viés dessas declarações que pecam pela sua impossibilidade objetiva.

Não é para internacionalizar, porque já é internacional no papel, mas sim para ampliar a pista para poder operar com cargas internacionais. Esse é o xis da questão: existem problemas técnicos, socioambientais e urbanísticos a serem resolvidos e que impedem essa ampliação.

É claro que a região metropolitana de Ribeirão Preto precisa de um aeroporto internacional de verdade mas esse aeroporto não cabe no Leite Lopes. É necessário construir um novo em local adequado.

E essa luta persiste há mais de 20 anos (na verdade desde 1995) mas só o governo estadual é que se recusa a fazê-lo, junto com a turminha do atraso e do puxa-saquismo institucionalizado e provinciano das elites da república dos verdes canaviais.

Por coincidência 20 anos é o tempo que esse atraso de governo de PSDB comanda S. Paulo. Será que é só coincidência ou apenas incompetência de gestão? Ou simplesmente o desejo de facilitar negócios em lugar de prover a infraestrutura de base para o desenvolvimento regional?

Haja paciência!

Vamos lá imprensa, começa logo a falar a verdade sobre o Leite Lopes.

Nada pode ser feito lá enquanto que as demandas judiciais não estiverem resolvidas. E vocês sabem disso: basta ler a própria noticia que vocês mesmo publicaram:

“Só estamos esperando a solução das questões ambientais...”

Puxa a vida! Faz 20 anos que estão tentando e ainda não conseguiram? Será que é assim tão difícil ou porque não conseguem solucionar uma questão porque a solução que querem não é a solução possível?

Se por acaso construírem um aeroporto novo será que esses problemas todos se resolvem? 
Na matéria abaixo, publicada no Jornal A Cidade    no dia 13/05/2017,       fica clara uma direção especifica: o interesse exclusivo nos negócios.

Nenhuma preocupação ou  interesse pelos danos sócio ambientais causados às populações do entorno do Leite Lopes, nenhuma citação sobre os problemas urbanísticos e de mobilidade decorrentes da ampliação de um aeroporto dentro da malha urbana densamente habitada, entre muitos outros temas.  

Só a grana interessa e só interessa a certos grupos específicos! Tanto para a imprensa como para esse grupinhos econômicos, como a população é pobre, não faz parte dos interesses ligados a esse projeto.


Ribeirão Preto e região não tem um aeroporto decente e apropriado, já operando, pela insistência do Governo do Estado apoiado pelas forças politicas mais retrogradas e provincianas de Ribeirão (que chamamos de SLLQC) amparadas no aconchego com uma imprensa incentivada a não discutir o tema. 
SLLQC É o grupo de pessoas e de entidades que, há a 20 anos, insistem em não deixar construir um aeroporto novo para Ribeirão Preto porque, para eles, Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes interessa, mesmo que  a cidade e a região possam ficar sem Aeroporto Internacional.

Haja paciência: só 20 anos de atraso para Ribeirão Preto que só dispõe de um aeroportozinho de cidade do interior!

domingo, 7 de maio de 2017

Projeto politiqueiro do aeroporto é tema em seminário

"Um dos temas lembrados foi o do aeroporto Leite Lopes e sua 'internacionalização'. Um projeto politiqueiro que há 20 anos desrespeitou o Plano diretor de 1995, que previa um novo aeroporto fora dos limites urbanos, causando a estagnação econômica da região e graves problemas sociais, principalmente ligados aos vazios urbanos e à luta por moradia."


domingo, 7 de maio de 2017 - Postado por 

Seminário 'CaminhosRegularização Fundiária' reúne 90 pessoas no sábado em Ribeirão Preto!


O evento proposto pelo Movimento Livre Nova Ribeirão e realizado pelo Fórum Permanente de Movimentos Populares reuniu cerca de 90 pessoas na manhã deste sábado (06/05/17) em Ribeirão Preto.


O tema 'Regularização Fundiária' é bastante importante dentro da conjuntura social da cidade, onde a luta por moradia popular ganha contornos dramáticos diante da realidade de mais de 90 assentamentos/ocupações urbanas, englobando mais de 20 mil pessoas.

O debate foi rico e profundo, com as contribuições especializadas de Frederico Firmiano (o Fred ), da coordenação estadual do MST, e do arquiteto e urbanista Maurílio Chiaretti, Presidente do SASP (Sindicato dos Arquitetos de São Paulo).



Segundo Fred, em sua fala, a MP 759, do governo Temer, busca dificultar a luta pelo acesso à terra no Brasil e tem, no seu bojo, perigosos mecanismos que podem facilitar a legalização da grilagem no Brasil, beneficiando o grande latifúndio em detrimento do pequeno produtor familiar e do assentado.

Já Maurílio deixou claro em sua fala que Ribeirão Preto não necessita de uma 'nova' lei de regularização, pois esses mecanismos já constam do Estatuto das Cidades e podem estar presentes desde já no Plano Diretor, coibindo a especulação imobiliária e facilitando os programas de moradia popular e regularização das ocupações que ocorrem nos vazios urbanos.

Maurilio Chiaretti

"A luta é muito mais política do que simplesmente ter uma 'lei' que institucionalize as soluções. Os mecanismos para solucionar esses problemas já estão dados, estão no Estatuto das Cidades. A dificuldade é que as cidades se constroem pela lógica do grande capital e não a dos interesses sociais e coletivos", afirmou Maurílio.

 Ricardo Jimenez e Fred


As cerca de 90 pessoas presentes tiveram a oportunidade de fazer questionamentos aos palestrantes e o debate se tornou ainda mais rico. Um dos temas lembrados foi o do aeroporto Leite Lopes e sua 'internacionalização'. Um projeto politiqueiro que há 20 anos desrespeitou o Plano diretor de 1995, que previa um novo aeroporto fora dos limites urbanos, causando a estagnação econômica da região e graves problemas sociais, principalmente ligados aos vazios urbanos e à luta por moradia.



A atual proposta de Plano Diretor está parada na Câmara há dois anos por pressão da especulação imobiliária, que não aceita um artigo que pretende proteger a área de recarga do Aquífero Guarani na zona leste da cidade e pelo próprio caráter do plano que, tecnicamente, traz alguns instrumentos de política urbana que podem coibir a especulação e democratizar o acesso social à propriedade urbana.

O seminário contou com o apoio do blog O Calçadão e tivemos a oportunidade de, mais uma vez, destacar a importância da existência e do fortalecimento do Fórum Permanente de Movimentos Populares como um instrumento de unidade e construção política dos vários segmentos da luta social e popular que o compõem.

"Se olharmos para qualquer paisagem de Ribeirão Preto encontraremos a exclusão social como o ponto mais forte. Nossa luta é para transformar Ribeirão em uma cidade democrática e inclusiva. Inclusiva realmente para todos, sem distinção. Problemas sociais se resolvem com políticas públicas, com ação social, nunca com descaso e repressão. A existência, o fortalecimento do Fórum e a atualização constante de seu documento público são fundamentais para isso", disse Ricardo Jimenez, representando o blog à mesa.



O objetivo do Fórum é promover mais seminários temáticos envolvendo temas dos outros segmentos, a partir das proposições como essa feita pelo Movimento Livre Nova Ribeirão, e manter essa agenda de debates sobre a cidade pela ótica da luta popular.

Fotos e vídeo: Filipe Peres e Paulo Honório


Paulo Honório, o construtor do seminário "Caminhos"

MOHAS, presente!