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quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
quarta-feira, 28 de dezembro de 2016
DIÁLOGOS COM OS SLLQC
SLLQC É o grupo de pessoas e de entidades que, faz
quase 20 anos, com mentiras e marketing insistem em não deixar construir um
aeroporto novo para Ribeirão Preto e Só o Leite Lopes a Qualquer Custo lhes
serve pois querem ganhar dinheiro rápido mesmo às custas do futuro de Ribeirão
Preto. Resultado: o novo não sai, o velho continua engastalhado e Ribeirão
continua sem aeroporto decente.
Volta e
meia os propagandistas da ampliação do Leite Lopes, como se fosse um fato já
consumado, desejado por todos e sem admitir qualquer outra alternativa, prestam
declarações pomposas na mídia. Isso quando não é a própria mesma que faz a
propaganda. Essas declarações sempre
citam números mirabolantes de grande desenvolvimento que seria provocado pela
ampliação do Leite Lopes.
Quando o
agente é uma personalidade pública, temos por hábito fazer-lhe alguns questionamentos, simples e sem
lero-lero: solicitar as provas do que afirmam.
Bastaria
apresentar uma simples planilha ou um memorial de cálculo e demonstrar, por
exemplo, como é que a tal internacionalização do Leite Lopes vai conseguir
produzir 5.000 empregos e se fosse num aeroporto novo, porque é que esses
empregos não seriam gerados.
Não é
simples? Quem sabe, sabe, e prova o que afirma.
Mas a
resposta é sempre do mesmo tipo: desfilam um amontoado de futilidades recheadas
de números pomposos sem conseguirem demonstrar nada e citando como fontes
apenas opiniões de entidades em qualquer competência técnica e cientifica para
isso. São opiniões que não tem nenhuma consistência nem constam em nenhum dos
estudos técnicos que foram elaborados.
Basta
pedir a demonstração dos números, que logo se calam porque não sabem como
responder. E não aceitam o debate.
Infelizmente esse é o
perfil dos SLLQC, que trabalham incessantemente para que Ribeirão Preto não
possa ter um aeroporto decente para atender às presentes e futuras necessidades
da região. Se trabalhassem por Ribeirão Preto esse novo aeroporto já estaria funcionando,
em área adequada, sem criar problemas socioambientais, logísticos e
urbanísticos.
Ano que vem faremos
bodas de porcelana, ou seja, 20 aninhos perdidos em tentativas de forçar a
ampliação o Leite Lopes onde não é viável técnica, urbanística e socioambientalmente, para atender
interesses políticos e corporativos.
Importante ressaltar
que na resposta que foi dada a nossos questionamentos, em nenhum momento são
citados os interesses das comunidades do entorno do Leite Lopes mas apenas
interesses meramente corporativos. Questionado a esse respeito, a resposta foi
o silêncio.
Imaginávamos que, por
dever de oficio, após a provocação feita, logo estaria marcando uma reunião com
os moradores do entorno para conhecer as
suas reivindicações.
O povo que mora no
entorno do Leite Lopes é pobre. Para certos setores políticos o povo, se é
pobre, não tem direitos e muito menos o
direito à cidadania se “isso” atrapalhar os negócios.
A seguir, a troca de
correspondência eletrônica com um dos deputados estaduais que representam a
nossa região, com a omissão de nomes para evitar constrangimentos ou maus
entendidos com as partes envolvidas, já que o que está em causa são os
conceitos e não as pessoas.
NOSSO PEDIDO DE ESCLARECIMENTOS
Exmo. Sr. Deputado
XXX
Recentemente,
V. Exa. em reportagem publicada no Jornal A Cidade (Ribeirão Preto) no passado
dia 18/11/2016, afirmou que a internacionalização do aeroporto Leite Lopes iria
gerar 5.000 empregos diretos.
Na minha
condição de cidadão e de líder comunitário da região do Aeroporto Leite Lopes,
morador e conhecedor de todas as propostas feitas nos últimos 20 anos
reportando-se a esse tema de forma tão avassaladora de desenvolvimento social
para o entorno do Leite Lopes, com promessas de grandes investimentos sociais,
geradores de emprego e renda, permita-me questionar V. Exa. nos seguintes
itens:
1 V. Exa. confirma tal informação?
2 Qual a fonte em que foi baseada tal
afirmação?
3 Tem
como demonstrar esses números de empregos, por exemplo, disponibilizando alguma
planilha e respectiva fonte?
4 Quais as categorias desses empregos
diretos?
5 Quais
as quantidades de empregos a serem gerados por cada categoria?
6 Em qual período (anos) serão gerados
esses 5.000 novos empregos?
7 V.
Exa. tem conhecimento que existem diversas demandas judiciais em curso que
impedem a ampliação da pista do Leite Lopes até solução final?
7 Demais
esclarecimentos que V. Exa considere relevantes para melhor entendimento das
benfeitorias sociais provenientes da ampliação do Leite Lopes.
Em meu
nome pessoal e no dos moradores do entorno do Leite Lopes agradecemos a atenção e aguardamos os seus
esclarecimentos que são muito importantes para esclarecer as nossas
expectativas considerando que V. Exa.,
na qualidade de deputado estadual, deve ter acesso a informações que o cidadão
comum desconhece.
RESPOSTA DO DEPUTADO XXXXXX A NOSSO PEDIDO DE ESCLARECIMENTOS
Caro XXX,
agradeço seu contato e atenção com o complexo Jardim Aeroporto. Demonstra
claramente grande senso de cidadania e espírito de coletividade social,
parabéns! Minha obrigação, como agente público eleito pela população, é
esclarecê-lo sobre meu posicionamento.
O Aeroporto
Leite Lopes é o único que possui voos regulares comerciais no nordeste
paulista, atendendo prioritariamente a Região Metropolitana de Ribeirão Preto, tendo sua abrangência
expandida até para outros estados, como a região sul de Minas Gerais,
impactando aproximadamente 4 milhões de habitantes.
Como o
senhor reporta, já faz muitos anos que esse assunto é discutido e amplamente
debatido. Eu, como deputado estadual eleito por nossa região, sempre tive
grande atenção na internacionalização do aeroporto Leite Lopes. Desde que fui
eleito e tomei posse em 2015, participei de reuniões de estudos em Ribeirão
Preto, São Paulo e Brasília com representantes da ACI, SINCOVARP, CIESP, TEAD
BRASIL, SECRETARIA ESTADUAL DE TRANSPORTES E LOGÍSTICA, SECRETARIA DE AVIAÇÃO
CIVIL, MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES e PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Esses dados, como
a geração dos cinco mil empregos, foram apresentados e divulgados (até
publicamente) por técnicos ligados a estas instituições.
Temos
também em mãos outros estudos que compravam a necessidade:
· Elaborado
por Mozart Mascarenhas Alemão, ex-superintendente e especialista em projetos
aeroportuários. No levantamento é revelado que o governo do Estado de São Paulo
deve investir com urgência no aeroporto Leite Lopes para que possa atender a
demanda atual de passageiros. O estudo ligado à FDTE (Fundação para o
Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia) ocorre no sobre a
internacionalização do aeroporto local. Segundo o especialista, o terminal
precisa ser ampliado em três vezes para oferecer conforto aos passageiros. Pelo
estudo, o ideal é que seja aumentado para 12,5 mil m², ante os 3,8 mil m²
atuais. "A atual estrutura comporta apenas um terço dos passageiros. Isso
significa 400 mil passageiros por ano".
· Segundo a Inteligência de
Mercado Urban Systems, o Aeroporto Leite Lopes, é o segundo terminal
aeroportuário regional com maior potencial de desenvolvimento econômico no
país, devido aos fatores como infraestrutura e localização, transporte de
passageiros, transporte de cargas, hospedagem e varejo e educação. Foi criado o
Índice de Qualidade Mercadológica (IQM), uma metodologia que leva em
consideração aspectos como informações comerciais, urbanísticas, econômicas e
infraestruturais dos impactos da atividade portuária na região estudada,
objetivando aferir o desempenho de cada equipamento. Entre os aeródromos
regionais que movimentam mais de 300 mil passageiros por ano, o Aeroporto Leite
Lopes foi o que registrou o terceiro maior crescimento: 9,5% a mais que em
2014. Tal crescimento, justifica ainda mais, o investimento de R$ 541 milhões
aos cofres dos governos federal, estadual e municipal, que visam ampliar a
estrutura, conforto e segurança.
Demonstro
ao senhor a conclusão do Ciesp acerca do assunto: “O Aeroporto Internacional de Cargas será um indutor de desenvolvimento
regional, os setores mais beneficiados serão a indústria calçadista
de Franca, os fabricantes de equipamentos tecnológicos
de São Carlos e
de Araraquara, e os de
componentes médicos-odontológicos e implementos agrícolas instalados em
Ribeirão Preto, Sertãozinho, Jaboticabal, e em Batatais. O Ciesp - Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, estimam que o
terminal de cargas poderá movimentar U$ 1 bilhão/ano, após 5 anos do início da
movimentação e operações comerciais.”
Juntamente
com o deputado federal Baleia Rossi e o prefeito eleito Duarte Nogueira,
conseguimos neste mês, através de compromissos do Presidente da República,
Michel Temer, e do Ministro dos Transportes, Maurício Quintela Lessa, a
recolocação da prioridade da execução das obras do aeroporto Leite Lopes.
O projeto
atualizado é: fatiar em fases as obras, numa primeira etapa de ampliação já em
2017, estão previstos investimentos na ordem de R$ 80 milhões. Que consiste na
ampliação de 3,6 mil para 12 mil metros quadrados o terminal de passageiros,
recuperar a pista de ligação e o pátio de aeronaves. Estas obras permitirão que
o aeroporto comece a operar alguns voos de carga internacionais, mas com
restrição.
Em relação
a Prefeitura Municipal, desde 2009, é afirmado que vem erradicando núcleos de
favelas no entorno do aeroporto. As famílias são encaminhadas para apartamentos
da CDHU.
O maior impasse das obras é em relação a curva de
ruídos, que inclusive entrava no DAESP. É aguardado o término do estudo
realizado pelo IPT (Instituto de Pesquisas
Tecnológicas) sobre a curva de ruído no entorno do aeroporto, para iniciar o
processo de internacionalização do Leite Lopes. De acordo com informação que
obtemos, esse estudo está em fase de conclusiva.
Conforme portaria do Comando da Aeronáutica, de 30
de dezembro de 2002, assinada pelo então comandante Carlos de Almeida Baptista,
o Aeroporto Leite Lopes já está "habilitado ao tráfego aéreo internacional
de cargas", sendo que a empresa privada TEAD do Brasil já habilitada
em operar o terminal de cargas.
Portanto, caro XXX, é uma questão importante
para o desenvolvimento regional tal internacionalização.
Cá entre nós, sabemos que a construção de outro
aeroporto em outro local é inviável, nesse momento, politicamente e
economicamente. Avalio que não podemos perder essa oportunidade de
desenvolvimento econômico e social que nos aguarda com a internacionalização.
Claro que os moradores do complexo Jardim Aeroporto
têm minha total e ampla atenção. Meu compromisso firmado é ficar atento para
evitar qualquer ação que possa lesar os direitos desses cidadãos que tanto
estimo. Para isso, entre outras medidas que já tomo, conto com sua atenção e
contato próximo para qualquer alerta. Devemos sempre estar dispostos a analisar
todos os lados e evitar que alguém seja injustamente prejudicado.
Muito obrigado, um grande abraço e fique com Deus.
Dep. Estadual
xxx
NOSSA REPLICA AOS
“ESCLARECIMENTOS” DO DEPUTADO XXXXXX, sem resposta até hoje:
Agradeço a V. Exa. as informações fornecidas. Na
minha qualidade de representante e interlocutor de uma comunidade levei as
informações para em conjunto as
analisarmos e podermos discuti-las.
A primeira reação foi a de apreço pela sua
participação, lembrando, porém, que todas as suas informações tem como base
reuniões com representantes da ACI, SINCOVARP, CIESP, TEAD BRASIL, SECRETARIA
ESTADUAL DE TRANSPORTES E LOGÍSTICA, SECRETARIA DE AVIAÇÃO CIVIL, MINISTÉRIO
DOS TRANSPORTES e PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA mas, nós que moramos no entorno do
Leite Lopes muito antes dele ser transformado de simples aeroclube em
aeroporto, nunca fomos chamados para participar dessas reuniões.
No entanto, achamos que nós, os moradores do entorno
do Leite Lopes, somos os maiores interessados e as entidades acima citadas
apenas se preocupam com negócios e lucro.
A comunidade lembra que em 1995, a Lei Complementar
501/95 no seu art. 29, inciso X, exigia que o Leite Lopes fosse relocado e em
2008, quando foi feita a única audiência
púbica sobre a ampliação, além de ter ficado demonstrado que essa ampliação não
era tecnicamente possível (o Estudo de Impacto Ambiental foi invalidado porque foi
considerado de má qualidade), toda a comunidade foi unânime em não querer o
aeroporto na nossa vizinhança, muito menos ampliado.
Todos os estudos citados por V. Exa. não demonstram
a necessidade de ampliação do Leite Lopes mas sim que a região metropolitana
necessita de um aeroporto adequado às suas necessidades. Como a ampliação do
Leite Lopes já ficou demonstrada técnica, socioambiental e economicamente
inviável, resta-nos a alternativa de construção de outro aeroporto, ficando
Ribeirão Preto e região dispondo de 2 aeroportos, tal como outras cidades do
estado de S. Paulo como Bauru, por exemplo.
Conforme V. Exa. confirma “Segundo o especialista, o
terminal precisa ser ampliado em três vezes para oferecer conforto aos
passageiros. Pelo estudo, o ideal é que seja aumentado para 12,5 mil m², ante
os 3,8 mil m² atuais. " se é necessário ampliar os Terminais, se também é
necessário ampliar as pistas e também o pátio de aeronaves, então estamos
falando de um aeroporto novo, cujo custo adicional é apenas o do terreno.
Neste caso, como é que a construção de um aeroporto
novo pode ser inviável economicamente? E o que significa ser inviável
politicamente, se o interesse e o bem-estar das populações não estão sendo
levados em conta?
Como pode ser inviável economicamente se é
tecnicamente inadequada a localização atual do Leite Lopes?
Ribeirão Preto não merece o respeito necessário a
ter um aeroporto decente que possa receber futuras ampliações e tenha que se
contentar com um aeroporto medíocre só porque a ACI, SINCOVARP, CIESP, TEAD
BRASIL têm interesse econômico especifico para o Leite Lopes atual?
Agradecendo mais uma vez a atenção de V. Exa.
gostaríamos de reportar que nenhum de nossos questionamentos foi respondido.
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